Sunday, 27 July 2014

Tudo para aprender

Já estou na China há aglgm tempo. Não muito. Mas acho que o suficiente para falar sobre isto.

Um país tão rico em tantas coisas, mas tão pobre noutras. Um país que viveu tanto tempo isolado do resto do mundo e que, de repente, é atirado para a frente da linha de combate. Há tudo para aprender. Sobretudo no que diz respeito ao profissionalismo, à resolução de problemas, à cooperação e à eficiencia.

Nunca passei, na vida, pelas situações que já passei aqui em 3 meses e quase quatro. O jogo do empurra aqui assume proporções verdadeiramente incríveis. Ninguém é responsável por nada, nunca há culpa de ninguém, nada se resolve.

Eu, que me tornei, com os anos, infelizmente, um virador de realidades, um contornador de situações, um artista do jogo de cintura, aqui não risco nada. E infelizmente, aqui ainda tenho que apurar mais esse instinto porque se não andamos, como dizia o Tio Carlos, bem encostadinhos à parede e munidos de cuecas de aço, meu amigo.... não há lado por onde não te tentem foder. E peço descupa pela expressão, mas para se poder ter uma ideia bem visual da realidade chinesa, tem mesmo que se descrever assim.

E, se no mundo das relações pessoais, essa forma de estar já é manhosa, no mundo das relações profisionais torna tudo muito dificil e quase inútil.

Tudo é pensado a curto prazo. Ninguém olha para além do dia de amanhã, e tudo se quer para hoje. Desde o descuido na higiene pública até ao sucesso profisional, é o salve-se quem puder.

E ninguém quer saber porque há de haver alguém que trate. Mas a verdade é que não ha.

Só espero que descubram a tempo, antes que esta potencia imploda.


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