Monday 28 July 2014

De bu dui.....

A medida que vou acumulando sabedoria asiatica vou sendo capaz de reunir alguns conselhos que se calhar podem ser uteis a quem aqui pise terra. Estou aqui ha quase quatro meses. Nao e nada. Mas ja da para saber algumas coisas....

O que tenho para dizer, para ja, sobre os dont's desta terra, e o seguinte:

- Nao fiquem doentes na China. Saude e essencial. Se nos queixamos do sistema de saude na terrinha, nao queiram, nunca, conhecer os meandros do sistema de saude aqui. Nao tem descricao. Horas interminaveis de espera nos hospitais, nao ha medicamentos eficazes, ninguem fala ingles, enfim, uma coboiada.

- Facam sempre um seguro de viagem generoso que cubra imprevistos. Eu noo fiz. Eu fiz mal.

- Nao comam, por regra, nas barrquinhas de rua. Nao e seguro. O meu estomago e de ferro e eu nao me atrevo. Mas se o fizerem, sera com um desejo escondido de conhecer o tal sistem de saude fantasma de que falei acima.

- Tenham cuidado com a validade do visto. Se, por acaso, deixam passar o prazo do visto, arriscam-se  ir dentro, ser expulsos e banidos do pais, e a pagar altas multas. E, quando digo altas, nao e calao, e mesmo altas em quantidade de RMB.... Palavra de Doc

- Nao vao atras dos tipos que vos convidam a ir a casas de cha.... Para alem de vos limparem as carteiras sob o olhar atento do Big Bubba la do sitio, encontrarao tudo menos o dito...

Vou recolhendo....

Sunday 27 July 2014

Aproveitar tudo tudo tudo - Já dizia a Filipa Vá com Deus.....

Não cheguei a experimentar.

Ia mesmo mesmo a entrar e depois pensei.... sera que fazem as massagens com o óleo e depois escorrem tudo bem escorridinho para dentro de um balde e levam para a sala contígua para confeccionar os noodles caseiros....?

Achei melhor seguir caminho.... Nunca se sabe!

Tudo para aprender

Já estou na China há aglgm tempo. Não muito. Mas acho que o suficiente para falar sobre isto.

Um país tão rico em tantas coisas, mas tão pobre noutras. Um país que viveu tanto tempo isolado do resto do mundo e que, de repente, é atirado para a frente da linha de combate. Há tudo para aprender. Sobretudo no que diz respeito ao profissionalismo, à resolução de problemas, à cooperação e à eficiencia.

Nunca passei, na vida, pelas situações que já passei aqui em 3 meses e quase quatro. O jogo do empurra aqui assume proporções verdadeiramente incríveis. Ninguém é responsável por nada, nunca há culpa de ninguém, nada se resolve.

Eu, que me tornei, com os anos, infelizmente, um virador de realidades, um contornador de situações, um artista do jogo de cintura, aqui não risco nada. E infelizmente, aqui ainda tenho que apurar mais esse instinto porque se não andamos, como dizia o Tio Carlos, bem encostadinhos à parede e munidos de cuecas de aço, meu amigo.... não há lado por onde não te tentem foder. E peço descupa pela expressão, mas para se poder ter uma ideia bem visual da realidade chinesa, tem mesmo que se descrever assim.

E, se no mundo das relações pessoais, essa forma de estar já é manhosa, no mundo das relações profisionais torna tudo muito dificil e quase inútil.

Tudo é pensado a curto prazo. Ninguém olha para além do dia de amanhã, e tudo se quer para hoje. Desde o descuido na higiene pública até ao sucesso profisional, é o salve-se quem puder.

E ninguém quer saber porque há de haver alguém que trate. Mas a verdade é que não ha.

Só espero que descubram a tempo, antes que esta potencia imploda.


Saturday 19 July 2014

Seven Eleven

Que momento lindo o que vivi agora. Senti, de repente que o mundo e todo igual, mas diferente em todo o lado.

Um homem a arranjar sapatos, gaiolas, roupa, joias, enfim, tudo, numa esquina ao virar da esquina do meu apartamento. Se nao me virasse depois de novo para voltar, poderia estar em qualquer bairro Lisboeta, com as devidas adaptaçôes.

É isto que adoro nesta cidade. No mesmo lugar tenho a Louis Vuitton de um lado da rua e do outro as lojinhas de rua a vender taças de noodles a 1,5 euros.

Lande of contrastes....



Wednesday 16 July 2014

Paris do Oriente. Palavras para o quie....


Becurse Life is difficurt

Na China tambem ha pobreza, e quando aparece fora do seu habitat natural e a matar.

Pesoas a dormir no chao, de cabeca para baixo, ou a serem levadas num carrinho por outras pessoas enquanto desfilam as suas desfiguracoes fisicas para impressionar os dadores que passam na rua.... enfim, uma cena que eu nunca vi. E ja vi muito.

E nunca vi porque nao aparece como pobreza como nos a vemos normalmente. Aparece como um misto quase de freak show com miseria interior. Olhando bem, e demasiado feio para ser verdade. E dito assim parece deshumano da minha parte, e ate talvez seja. Mas com o tempo vamo-nos moldando a cultura e percebendo que certas realidades nao sao o que para nos seriam certezas.

E sempre dramatico ver e presenciar estas imagens. Mas vamos aprendendo um pouco o que representam e o porque de se apresentarem desta forma tao viva e dramatica.

Quando ca cheguei, cada vez que via um mendigo a pedir, uma menina com ranho a escorrer pela cara abaixo a vender flores com uma caneca de plastico para a esmola e a mae gravida a carregar outro pequeno ao colo, um velho sem pernas a ser carregado num carrinho caseiro por outro, deitado e com aspecto de quem nunca tomou um banho, a minha reaccao imediata era de por a mao no bolso e dar alguma coisa. A mesma coisa quando alguem deixa cair algo no chao, tropeca e cai, precisa de alguma ajuda. Reaccao imediata, ir ajudar. Seria para "nos" o normal, diria eu... e as gorjetas..... nem pensar...

Na China nao. Das primeiras coisas que tive que ir aprendendo a medida que caminhei pelas ruas com chineses e me viram a reagir assim foi: Nao. Nao des, nao ajudes, nao acredites. Se ajudas alguem que caiu, vao logo dizer que foste tu que empurraste para te sacarem dinheiro, e acredita que os 10 chineses a volta vao apoiar  a vitima da "agressao". Os que pedem, 90% tem dinheiro e fazem isto como modo de vida, e por ai fora....

E chocante, e sobretudo muito duro ser confrontado com esta realidade que vai totalmente contra e para alem de todo o instinto que, para mim, era universalmente natural, e ao contrario de tudo aquilo a que fomos, naturalmente, habituados. E ainda hoje me custa. Penso duas ou tres vezes antes de virar costas e muitas vezes nao resisto. Quero la saber.

Talvez acabe por faze-lo de forma egoista, para nao ficar com o peso na consciencia. Seja como for, durmo mais tranquilo, acho eu... Talvez para nada, mas das 10 vezes que dou, pode ser que uma seja por uma boa causa. Ou talvez todas, de uma forma menos aparente.

Bom, seja como for, fica a imagem. So o texto e meu, e sou eu que digo. O resto e o que esta a vista.


Shanghai Black and White Part I











 
Depois de um intervalo para reflectr e recolher, recomeco.

E recomeco com imagens,que valem 1000 palavras.

Isto e Shanghai. Para mim


Friday 6 June 2014

As Flutuacoes Orientais

Das muitas coisas que me fascinam neste pais, uma delas e, sem duvida, a logica dos precos e a nocao do equilibrio entre a necessidade, utildade e raridade.

Hoje fui almocar a uma das muitas tascas (se e assim que se pode chamar) em Zhuhai. Mas nao tem que ser aqui. Podia ser em Shanghai, em Beijing ou em Nanjing. Tanto faz.

A China esta repleta de pequenos restaurantes familiares, que nada mais sao do que corredores em azulejo branco, com uma cabine a entrada, onde os chefs fazem as especialidades da casa, a base de noodles e arroz, e quatro ou cinco mesas. Aparecem por todo o lado, em todas as ruas, bem ao estilo chines.

Nao vale a pena tentar procurar um com "melhor" aspecto. Nao ha, e se ha, nao interessa. E mesmo assim. Tem que ser um espaco pequeno e quente. Tem que ser um corredor em azulejo branco, tipo prolongamento da casa de banho. Tem que ter mesas sem nada em cima, a nao ser uns recipientes com umas molhangas de aspecto duvidoso (mas muito boas....), e uma garrafa de vinagre, imprescindivel.... Tem que ter um rolo de papel higienico pregado na parede, que serve guardanapos self service aos clientes.

Mas tem tambem que ter um ar convincente. Digo isto porque apesar do aspecto que parece ter enquanto escrevo, sao lugares de respeito, asseados e com bom cheiro. Porque tamben ha lugares manhosos na China.... Mas nao e preocupante porque sao facilmente detectaveis ao olho embaciado do ocidental.

Este lugar onde fui, mais uma vez, punha na caixa a mae, as filhas nas panelas e a sobrinha nas mesas. Entra-se, pede-se logo na caixa, e paga-se. Mandam-nos sentar com um numero, para que a sobrinha nos possa reconhecer. Assim nao ha mal-entendidos.

Hoje comi noodles com almondegas de carne de vaca, e bebi uma coca-cola. Um espectaculo. Paguei 13 RMB. Deve dar a volta de 1,5 euro.... Aqui e assim. Da para viver nesta onda, no que diz respeito a comida.

Sai todo satisfeito e fui a fumar um cigarro pela rua molhada e fresca, acabadinha de tomar uma banhoca tropical, ate chegar a uma loja de gelados ao lado do meu apartamento, onde decidi entrar para me ligar a net. Para nao parecer abusador, pedi um Sundae de chocolate. Paguei 13 RMB....

Este pais nao existe..... adoru-u....


Monday 26 May 2014

Life in the fast lane

Ontem fui atropelado por uma mota...

Dito assim,num registo de normalidade nao levantaria grandes questoes, ja que teria que ter sido na estrada, por falta de cuidado ou do motociclista, ou meu.

Aqui e diferente. As perguntas tais como "onde", "como foi", etc. ganham logo uma nova dimensao, porque ser atropeado por uma mota pode acontecer, literalmente, em qualquer lado. E quando digo em qualquer lado, e em qualquer lado mesmo, na estrada, no passeio, no jardim, em sentido contrario, ate dentro de um predio.

Tudo e possivel.

Aqui as regras de transito fucnionan de maneira diferente. Para as bicicletas e motas, basicamente nao ha regras, andam por todo o lado, como se fossem mosquitos a volta de um candeeiro no meio do verao.

E preciso muito cuidado, em qualquer lado da China, com o transito. As passadeiras sao apenas decoracoes da estrada. Nao tem qualquer utilidade pratica aqui. Ninguem as respeita. E como se nao existissem. Fico ate com a impressao que a maior parte dos condutores nem sabe bem o que sao, ou para que servem. Os semaforos ja impoem mais algum respeito, mas mesmo assim nem sempre.

Por isso, ao sair a rua em Shanghai por favor, tenham cuidado. Todo o cuidado e pouco. E nao digo isto por estar a ficar velho. E mesmo assim. Senao sao atropelados pr uma mota, enquanto caminham no passeio!


Monday 19 May 2014

My first chi song - 周华健 - 朋友 (Emil Chau - Peng You)





A primeira e sempre especial, n se esquece nunca. Esta para mim foi a primeira.


Tobbacco Co.

Uma das coisas que mais impressiona e a quantidade de cigarros diferentes que existem na China. Macos lindos, todos diferentes, de tal forma que uma pessoa se perde cada vez que vai comprar.

Como com a descoberta de musica, a compra de cigarros para mim vai muito pela capa. Diante do mostrador de cada loja onde vou passo horas a olhar para os inumeros macos de tabaco que ha, e fico ali a tentar escolher, mas mais pelo aspecto do maco que outra coisa, porque nao cnheco nada.

E sempre necessario um criterio de escolha. Eu tenho dois: Vou sempre pelo mais atractivo a vista, e nunca escolho o mesmo. Ha sempre surpresas, umas mais agradaveis que outras, mas fico sempre com o maco, como recordacao.

Cada pessoa a quem pergunto tem uma opiniao diferente sobre que tabaco fumar. Ja desisti de perceber e lancei me nesta aventura sozinho. Pelo que percebi, em Shanghai os cigarros com a marca "double happiness" sao muito famosos. Tem um caractere especifico, da dupla felicidade, que e um simbolo que se encontra muitas  vezes tambe nas portas das casas dos casais recem casados, como amuleto de felicidade e sorte para a vida a dois. Nao deixa de ser curioso usarem esta expressao para o cigarro, como que numa optica de casamento e felicidade extrema com a marca. E mesmo destes ha um sem numero de estilos diferentes de maco, nao sei se marcas diferentes ou apenas versoes diferentes de cigarro.

Seja como for, comprar tabaco aqui e um programa em si. um dia ponho uma foto de todos os macos diferentes.


Saturday 17 May 2014

Lluvia en Shanghai

Hoje chove em Shanghai.

A chuva cai da mesma forma, mas cheira diferente. Tem um sabor menos doce, e os pingos sao mais grossos. Traz a tristeza com ela, que podemos decidir abracar, e ser felizes, ou nao, e ser incompletos.

O dia e cinzento, como em todo o lado, quando chove. A manha parece fim de tarde e acendo as luzes para nao sentir que acordei sem saber onde se meteu o dia.

Talvez va andar a chuva como em tempos andei, feliz, descansado, devagar e sem medo de me molhar, a sentir o calor tropical no ar, e os sapos, os mil sapos pelas ruas, a cantar e a saltar de alegria com a frescura desta dadiva.

E quando cai, ela cai igual em todo o lado. Vemo-la de formas diferentes, sentimo-la de formas diferentes, cheiramo-la de formas diferentes. Mas ela nao muda, e sempre a mesma e traz sempre a mesma mensagem.

Gosto da chuva na Asia. Sempre gostei. Do que e faz sentir. E ela de mim. Nao nos incomodamos, pelo contario, aceitamo-nos como somos. Com ela, aqui, nao tenho pressa de me afastar, e ela nao tem obsessao de me perseguir. Aqui nao me sinto molhado, porque ela apenas me refresca.

Aqui a chuva nao me molha. Vou para o banho.


Friday 16 May 2014

Comecar a conhecer

Nao sou adepto das revistas ou guias turisticos.

Mas uma coisa e certa, para comecar, serve perfeitamente, especialmente num pais onde ninguem fala ingles e onde e impossivel comunicar se nao se conhece a lingua.

Eu tentei a solo, mas acabamos por nao perceber bem onde estamos nem o que estamos a ver e a fazer.

Revistas como a Time Out, ou outros sites de turismo sao um optimo comeco, ja faarei sobre tudo. Eu acho que se deve dar um passo de cada vez e nao tentar ir a todas ao mesmo tempo.

Para mim, nada como fazer como os caes: conhecer primeiro o bairro, os cantos, os caminhos para casa, em circulos. E depois ir alargando cada vez mais o diametro.

Correr e uma  boa ideia, eu ja conheco metade do centro de Shanghai porque saio todos os dias de casa e corro 1 hora numa direccao diferente cada vez. Depois volto devagar a ver tudo o que vi de relance enquanto ia. Resulta muito bem para comecar a sondar o terreno.

Desta forma comecamos logo a saber as coisas basicas, que aqui nao sao tao faceis, como por exemplo, onde beber um cafe, onde comprar pao como deve ser, onde encontrar um supermercado onde se possa comprar coisas que nao sejam dumplings, noodles ou carnes em vacuo. Saber ode ha produtos de limpeza, e coisas basicas que todos precisamos quando nos estamos a ambientar a uma casa nova.

Podemos ir ao Carrefour directo (aqui tambem ha), mas nao sabe ao mesmo do que ir a mercearia do bairro ou ao pequeno super. Cada um sabe de si. Eu prefiro conhecer onde vivo. Demora mais tempo, mas tem as suas recompensas.

Como disse, tenho aproveitado as dicas dos sites, e prncipalmente as da time out. Tem passeios a pe predefinidos e eu ja fiz 2. Sao muito engracados e falarei sobre eles especificamente no capitulo dos passeios. Vale a pena e se os fizermos a serio, passamos um dia inteiro entretidos com isso, para alem de conhecermos lugares onde nunca entrariamos se nao estivesse la escrito que e para ir.

Palavra de doc.

Jeito Lago

Nao, nao e uma traduccao feita atraves do Bing.

E o famoso jet lag mesmo. Passado um mes de estar aqui continuo a sentir os efeitos da redondez da terra e das descobertas de Galileu.

Sempre que estive (para mim agora) do outro lado do mundo, me fascinou a vida deste lado. O que seria que as pessoas estariam a fazer, enquanto eu dormia. Sera que exisia mesmo um mundo que funcionava durante as silenciosas horas da minha noite?

E como seria a vida naquele lugar que nao sei onde e, naquele momento. Fartava-me de pensar: sera que neste preciso momento alguem esta a atravessar a rua, a beber um cafe, a dar um "pumzito" as escondidas? E para mim era quase impensavel tentar imagnar isso, porque devo ser muito egocentrico e acho que tudo o que acontece e a  volta do meu campo sensorial....

Enfim, ja ca estou deste lado, ja sei o que as pessoas fazem aqui enquanto se dorme ai. Agora ja e diferente porque eu ja sei o que se passa, por isso essa duvida ja nao existe para mim.

E, passado um mes de aqui estar, sinto que o meu corpo e a minha cabeca ainda nao se habituaram a esta mudanca. E como se de repente te pusessem a vida de pernas para o ar. As vezes tenho sono, e nao e suposto, outras nao e nao e suposto.  O mesmo com a fome, e com a energia. Mas e normal.

Tambem, chego a conclusao que o jet lag residencial e diferente do jet lag turistico. O residencial nota-se mais tarde, pelas 20h00! Nao, o residencial nota-se a medida que o tempo vai passando. E o genuino jet lag. Acho que deve ser um processo de 3 meses, ate estar tudo normalizado.

Quando se e turista nao ha tempo para os luxos do jet lag, e por isso nao se nota tanto, a menos que a estadia seja superior a 3 semanas. Ai o cansaco acaba pr vencer. O jet lag do turista para mim e um mito, nao existe.

Por isso, quem estiver ca, recem chegado, para ficar....nao, nao estao com gripe nem mononucleose, nem gripe das aves, nem nenhuma outra doenca tropical desconhecida. O corpo e feito de habitos e esses habitos demoram a ser convenceidos por outros habitos.

Tenham paciencia.

Thursday 15 May 2014

Primeiros passos

A verdade e que estou aqui ja ha um mes. Cheguei no dia 10 de Abril e ja estive por todo o lado, Beijing, Xian, Nanjing, Zhuhai, Guangzhou, e agora Shanghai.

Dos outros lugares so poderei contar algumas memorias, com imagens, mas sera sobre Shanghai que escreverei mais, porque e onde estou, pelo menos por agora.

Mas poso dizer que este e um pais tao fascinante como diferente. Nao e um pais facil mas, tambem se fosse, nao teria tanta piada. Aqui tudo e diferente. A comunicacao nao e igual, a linguagem corporal tambem nao, os costumes, os olhares, o transito tem regras especiais.

Demora um bocado ate percebermos que nao sao os chineses que nao sabem ou que nao entendem nada. Nos e que nao sabemos e nao entendemos. Nos vimos de fora, de outro mundo. E para eles, nos e que somos os tontos que nao percebemos nada. E e mesmo assim. No momento em que nos damos conta desse pequeno pormenor, as coisas comecam a correr logo melhor. Posicionamo-nos de forma que da para ver com clareza como nos devemos mover aqui.

Afinal percebemos que e tudo uma questa de angulo. Como aqueles desenhos de pintinhas que e preciso olhar de certa forma, para conseguir ver a imagem escondida. E ha gente que nunca chega a conseguir ver. E o que pode acontecer na China.

As primeiras impressoes

Talvez nao devesse comecar assim, mas e assim que comeco.

As duas primeiras coisas que me questionei quando cheguei a China foram:
- porque e que ha tanta gente com os dentes podres e tortos;
- porque e que ha tantas mulheres com bigodes fartos.

Sei que esta nao deveria ser a nota de abertura para uma aventura num pais tao rico, tao interessante e diferente. Mas foram as primeiras coisas que pensei.

Tentarei fazer com que este seja o lugar onde todos os que vem a China gostam de vir espreitar, seja por que razao for.

Comeca aqui